sexta-feira, 1 de junho de 2012

RENDAS REQUINTADAS

Diz o povo que “onde há redes, há rendas” e região algarvia não foge a essa máxima. Protagonistas do artesanato do sul de Portugal, as rendas de bilros, de duas e cinco agulhas, o crochet com agulha de barbela e a renda de filet de malheiro continuam hoje a embelezar a casa e a roupa, como ornamento requintado.

Em Castro Marim, as rendas de bilros continuam a ser pacientemente tecidas por mãos femininas, que perpetuam uma herança vinda da Flandres. Já no Azinhal, persiste a renda de folhas, um modelo específico da região. Nas zonas de Olhão e Fuzeta, é mais comum a renda com duas agulhas, uma malha que lembra a rede do pescador posteriormente embelezada com os mais diversos motivos, e a renda com cinco agulhas. O crochet com agulha de barbela, que se destaca em Loulé, permite executar as mais variadas peças. A renda de filet ou malheiro, característica das zonas marítimas, é conseguida com fio de algodão e o auxílio do malheiro (régua de madeira), sendo a malha esticada num bastidor onde é bordada com pontos e motivos diversos.

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