Rosa Ramalho (1888-1977) é o nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, barrista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa.
Rosa Ramalho nasceu a 14 de Agosto de 1888 na freguesia de Santa Maria de Galegos (concelho de Barcelos). Filha de um sapateiro e de uma tecedeira, casou-se aos 18 anos com um moleiro e teve sete filhos.
Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a actividade durante cerca de 50 anos para cuidar da família. Só após a morte do marido, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa.
Enquadrada na tentativa de
propaganda do Estado Novo, premiada no pós-25 de Abril, foi admirada por
artistas, políticos, actores e personalidades dos mais diversos quadrantes.
As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros barristas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros barristas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
Foi a António Quadros que se deveu a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios ditos "cultos".
A sua fama ultrapassa as
feiras de Barcelos e chega ao Porto. Primeiro com a divulgação efectuada por
António Quadros e em seguida, numa exposição colectiva organizada na Galeria
Alvarez, do Porto, em 1956.
Desde então, grupos de estudantes dirigiam-se, às quintas-feiras, a Barcelos para visitarem a ceramista que não sabia sequer assinar o seu nome nas peças.
Desde então, grupos de estudantes dirigiam-se, às quintas-feiras, a Barcelos para visitarem a ceramista que não sabia sequer assinar o seu nome nas peças.
Segundo Júlia Ramalho, neta Rosa Ramalho, “a minha avó
dizia que via demónios e contava-me histórias de feiticeiras e eu acreditava em
tudo”.
É assim que se recorda desta personagem que marcou a cena artística portuguesa entre o final da década de 50 até ao seu falecimento, em 1977.
É assim que se recorda desta personagem que marcou a cena artística portuguesa entre o final da década de 50 até ao seu falecimento, em 1977.
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