Porque
está fechada a “Artefacto”?
Ainda durante o dia 3 de Maio, na nossa abordagem à concorrência, fomos em busca da ArteFacto.
Quando chegamos à porta do número 10 da
Calçada da Graça, foi
com grande espanto e até desilusão que percebemos que a Artefacto já lá não estava, embora pelo próprio site nada indicasse isso. A galeria de Arte Popular estava encerrada.
Chamava-se “Artefacto”. A balança, que contrastava com as peças expostas; os
passarinhos do senhor Aníbal, pendurados no teto da loja, bem como a «mulher a
passar-se», obra de Maria Eugénia Gomes, nada lá está.
Entretanto, tentamos entrar em
contacto com Rosa Cipriano, a antiga gerente, mas infelizmente não respondeu ao
email. A conta do facebook não tem tido movimento...
Rosa Cipriano dizia que a Arte Popular é como algo que
tem um valor próprio.
Em entrevista*, disse que se usa a expressão, Arte
Popular para designar «o trabalho de
pessoas que desenvolveram um trabalho artístico, mas de forma auto-didata, sem
qualquer tipo de formação nessa área». Acrescenta ainda que «este é um conceito
que se cruza com muitos outros: com design, arte contemporânea, escultura».
Afirma que gosta de «explorar as fronteiras dos conceitos», tendo sido isso
mesmo que tentou fazer através da «Artefacto».
Quando questionada sobre o cruzamento da arte
tradicional com a mais contemporânea, a gerente explica que «a ideia foi
precisamente pegar nas coisas mais tradicionais, e transportá-las para o presente,
para um universo diferente daquele onde costumam estar contextualizadas».
Precisamos de espaços como
a “Artefacto”. Por onde anda, D. Rosa Cipriano?
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